
A dor crônica é uma queixa comum que afeta a mente e o corpo. Em 2011 o Instituto de Medicina relataram que 100 milhões de adultos americanos sofrem de condições de dor crônica. Segundo pesquisas, mais de 1,5 bilhão de pessoas em todo o mundo sofrem de dor crônica.
O que causa dor crônica?
Não há razão para dor. A dor crônica difere da dor aguda porque os sinais de dor acionam continuamente o sistema nervoso, o que pode durar dias, semanas ou até anos. A dor aguda aciona o sistema nervoso para alertar o corpo sobre um problema, mas os sintomas desaparecem. Aqui estão algumas das causas da dor a longo prazo:
-Má postura
-Desequilíbrios musculares
-Estresse mental e emocional
-Padrões de marcha/movimento incorretos
-Lesões
-Depois da cirurgia
– Efeito colateral de doença (por exemplo, câncer, artrite)
-Danos no sistema nervoso ou no sistema nervoso central
-Lesões anteriores
-Tensão muscular
-Estilo de vida sedentário
-Desidratação
No entanto, algumas pessoas convivem com dores sem problemas físicos ou patologias. Neste caso, os pesquisadores realizaram muitos estudos para examinar como os pensamentos e estados emocionais estão associados à dor.
A conexão entre mente e corpo
Viver com dor crônica não é uma experiência agradável. Pesquisar sugere que as pessoas com dor crónica vivem frequentemente num estado constante de medo, ansiedade e depressão. A mente e o corpo trabalham sinergicamente para conectar os vários sistemas do corpo. Quando o corpo está com dor, a mente fica negativa e se concentra na dor. Quando a mente está negativa, é comum o surgimento de dores crônicas. Quando a dor aumenta, o corpo ativa a resposta de “lutar ou fugir”, que desencadeia pensamentos sobre a dor e a necessidade de escapar da dor. Quando o estímulo afeta continuamente o corpo, a mente responde emocionalmente e fica preocupada com a dor.
É importante tentar descobrir o que está causando a dor crônica. Quando a dor crônica está presente, o ideal é estar atento a quais estímulos físicos ou emocionais estão afetando o corpo. Para ajudar a determinar ou encontrar a causa raiz da dor, pergunte-se o seguinte:
-Quais situações ou cenários desencadeiam minha dor?
-O que eu estava pensando quando minha dor aumentou?
-Que movimentos (ou falta deles) eu fiz que causaram o aumento da minha dor?
-Quando a dor não afeta meu corpo?
– Existem determinados ambientes (ou climas) que desencadeiam e/ou aliviam a dor?
-Quando estou com dor, meu humor ou comportamento muda?
-Como avalio minha dor em uma escala de 0 a 10 (sendo 10 a pior) em situações estressantes?
Essas perguntas são úteis quando respondidas honestamente, sem autojulgamento ou crítica.
Abordagens mente-corpo para a dor
Aqueles que sofrem de dor crônica podem reduzir (e controlar melhor) a dor estimulando a parte de relaxamento do sistema nervoso central. Em contraste com a resposta de luta ou fuga, que é uma função do sistema nervoso simpático, várias modalidades de movimento e mente-corpo estimulam a resposta de relaxamento, que é uma função do sistema nervoso parassimpático. Ao entrar em um estado de relaxamento, os músculos podem liberar hormônios que têm um efeito positivo no humor. Quando se trata de dor, as técnicas de relaxamento podem reduzir a inflamação e treinar o cérebro para responder de maneira diferente quando a dor aumenta.
Acredita-se que as seguintes modalidades estimulem a resposta de relaxamento:
-Ioga
-Pilates
-Meditação (visualização, relaxamento muscular progressivo, imagens guiadas)
-Respiração profunda
-Terapia aquática
-Terapia de pontos-gatilho (liberação miofascial)
-Terapias mente-corpo (acupuntura, massagem, Rolfing, terapia ocupacional, terapia manual com banda)
Abordagens conscientes apoiam a reatividade emocional e a hipersensibilidade à dor. Esses exercícios e formas de terapia integram profundamente a concentração, a atenção e a consciência do que a mente e o corpo estão vivenciando. Ele permite que uma pessoa concentre sua atenção na tarefa em questão, em vez de focar ou focar na dor. Se uma determinada modalidade não der certo, vale a pena encontrar outra modalidade que funcione, em vez de ceder à dor. Estas terapias também permitem que as pessoas aceitem e se concentrem nos seus pontos fortes, em vez de se preocuparem com as limitações causadas pela dor.
Em caso de dúvida… Expire
Quando você estiver estressado ou com dor, conecte-se com a respiração. A respiração permite que você relaxe a qualquer hora e em qualquer lugar. Da próxima vez que você se sentir estressado, tente este exercício respiratório de “emergência”: inspire lentamente cinco vezes (conte de 1 a 5), combinando cada movimento inspirado com a contagem. Em seguida, expire lentamente por cinco contagens (conte de 5 a 1), combinando a expiração com cada contagem. O ideal é concentrar a respiração nas áreas onde ocorre a dor. Por exemplo, se você sentir dor no quadril, imagine a respiração subindo do diafragma, passando pelo estômago, até a região do quadril. Isso aprofunda a respiração e inclui técnicas de visualização.
Superar ou tratar a dor é possível. A gravidade da dor determina a duração da viagem, se você deseja se curar de uma lesão ou administrar melhor o estresse. Lembre-se de permanecer otimista em momentos de dor e estresse e sempre consulte seu médico para obter o melhor tratamento e plano de cuidados.
